Como é realizado o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA)?

Diagóstico do Autismo

O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é feito por profissionais de saúde, seguindo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, conhecido como DSM-5. Esse manual ajuda a identificar se alguém está dentro do espectro autista.

Como é o processo do diagnóstico?

Para diagnosticar o autismo, o neuropediatra ou psiquiatra infantil conversa com os pais e observa a criança para avaliar seu comportamento.

Além do médico, uma equipe com diferentes profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicopedagogos, pode ajudar no diagnóstico.

Em alguns casos, são pedidos testes genéticos ou exames para identificar problemas de saúde relacionados, mas não existem exames que confirmem diretamente o autismo. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica. Geralmente, o diagnóstico acontece entre 2 e 3 anos, mas pode ser feito mais cedo, já que alguns sinais aparecem antes.

Algumas Ferramentas que são usadas para o Diagnóstico

O diagnóstico de autismo é clínico, ou seja, não existe um exame que possa confirmar se alguém é autista. Os profissionais observam o comportamento, o desenvolvimento, e as habilidades emocionais e sociais da pessoa, além de seu histórico.

Com o tempo, foram criadas ferramentas para ajudar no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que só podem ser usadas por especialistas treinados. Vamos conhecer algumas delas:

ADOS-2 e ADI-R

O ADOS-2 e o ADI-R são ferramentas que ajudam a identificar o autismo. O ADOS-2 avalia a comunicação e interação social por meio da observação da pessoa. Já o ADI-R é uma entrevista com os pais ou responsáveis para entender o histórico da pessoa. Ambas também medem o nível de autismo e a eficácia das terapias usadas.

CARS

A CARS é uma ferramenta que rastreia sinais de autismo em crianças e diferencia esses sinais de outros atrasos no desenvolvimento, como a deficiência intelectual. Ela avalia como a criança se relaciona com outras pessoas, lida com mudanças, e responde à comunicação.

GARS

A GARS é usada para identificar o autismo em pessoas de 3 a 22 anos. Ela analisa comportamentos repetitivos, interação social, comunicação e habilidades emocionais, ajudando a identificar o grau de autismo.

DSM-5

O DSM-5 é um manual que os especialistas usam para diagnosticar transtornos mentais, incluindo o autismo. Ele define o autismo como dificuldades persistentes em comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos. O autismo pode ser classificado em três níveis, de acordo com a quantidade de apoio que a pessoa precisa.

Essas ferramentas são importantes para garantir que o diagnóstico seja o mais preciso possível e para orientar o tratamento.

Informações retiradas de NeuroConecta.